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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Que é Bom Perdura, e Muito


    Desde que eu era pequenininha, lembro-me de uma revista que minha tia lia constantemente. Eu folheava aquelas revistas e adorava ver as fotos,  e mais tarde, quando mais velha, comecei a ler as revistas assim que minha tia as recebia. Não estou fazendo "lobby" nem propaganda gratuita. É genuína admiração!
          Estou me referindo às Seleções Reader'sDigest. Assuntos sobre saúde e muito mais.
O tema de hoje li em uma edição da Seleções.

 Indesejáveis visitas
A esteticista Eliane de Souza, 38 anos, treme só de ouvir a palavra salmonela. E tem motivos para isso. Em 2004, ela e a filha Luana, 13 anos, foram vítimas de uma intoxicação alimentar grave por causa dessa bactéria. O culpado? A maionese no hambúrguer de uma lanchonete perto de casa. Na manhã seguinte ao lanche, as duas começaram a passar mal, com diarréia forte, febre e vômitos ininterruptos. No Hospital São Paulo, em Muriaé (MG), onde mãe e filha ficaram dois dias internadas, exames de sangue constataram a contaminação por salmonela. Ao voltarem para casa, Luana se recuperou bem, mas a mãe piorou. "Voltei para o hospital com cólicas muito fortes. Achei que ia morrer", conta Eliane, que ficou mais uma semana internada, recebendo soro intravenoso e antibióticos. A esteticista teve inflamação intestinal e perdeu quatro quilos em sete dias. Por quase duas semanas depois de ter alta, continuou sentindo dores e até hoje não recuperou o funcionamento normal do intestino. 

Não é difícil evitar problemas como o que ela teve.  Verificar a validade dos produtos e observar as condições de higiene do local quando come na rua são cuidados que todos devemos tomar e que ela, com certeza, passou a ter.  O cuidado com os alimentos não se rstringe apenas ao consumidor. Deve ser atitude desde os grandes e pequenos produtores, donos de restaurantes etc.  e aqueles que foram acometidos por estes visitantes, sendo vítimas de doença alimentar devem procurar o serviço de saúde para que os casos cheguem ao conhecimento dos órgãos responsáveis  e possam ser investigados pela Vigilância Sanitária.
Em média,  568.341 casos por ano de vítimas de bactérias como Escherichia coli, salmonela, estafilococo, entre outros ocorrem no Brasil e como alguns sintomas se assemelham   aos da gripe (febre, prostração, mal-estar, dores musculares, cefaléia), uma boa parte dos casos ficam sem tratamento, acarretando  problemas crônicos, como artrite ou paralisia, ou até mesmo a morte.
Antes de mais nada,  todos os utensílios, como facas e tábuas de corte, e superfícies que entram em contato com os alimentos, como bancadas, devem estar limpos. Lave os utensílios usados para manipular alimentos crus (carnes, pescados e vegetais não lavados) antes de utilizá-los em alimentos prontos. E a lavagem das mãos, nem se fala!

 Frango: Quem não gosta de frango!  A samonela também tem bom gosto! É uma das bactérias mais encontradas em aves, nem mesmo salvando aquelas criadas nos fundos das casas.   A bactéria se prolifera seja em aves orgânicas ou nas caipiras. A única diferença entre as aves é que quando confinadas em grandes galpões e  como são em grande quatidade, elas ficam pisando em fezes e a bactéria pode ter mais facilidade de contaminar um número maior de aves.
Devemos nos informar em como evitar este problema, escolhendo frangos bem embalados, armazenados em temperatura adequada no balcão refrigerado (verifique no rótulo qual a temperatura de conservação e, se não houver um marcador de temperatura à vista no freezer do mercado, consulte um funcionário). Procure a melhor data de validade. Os alimentos congelados não devem apresentar sinais de descongelamento, como acúmulo de líquido; colocandoo frango num saco plástico antes de colocá-lo no carrinho, para o caso de escorrer algum líquido da ave; ao chegar e casa coloque o frango imediatamente no freezer ou nas prateleiras inferiores da geladeira e consuma até a data de validade;  deve-se descongelar o frango completamente para evitar que cozinhe somente na superfície; verificar se há o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF).
Quanto aos nuggets de frango, não se engane com a cor branca por dentro. Eles devem ser bem fritos, pois estão crus (o pré-cozimento não é por completo). 
Carne moída: Mesmo sendo muito, ela é um imã de bactérias, igual a um parque que atrai crianças, pois quando a carne é moída, as bactérias da superfície se espalham, ganhando mais espaço para se multiplicar e isto é só uma parte do problema! Imagine o oedor de carne que não é limpo corretamente ou constantemente! Ai que horror!
E como agir para evitar este problema? Verifique a data em que foi embalada - o dia da compra, de preferência (em alguns municípios, a venda de carne moída pré-embalada é proibida). Congele a carne crua imediatamente ou cozinhe-a em, no máximo, 24 horas. É essencial observar a higiene no local em que a carne é moída, pois pode haver proliferação de bactérias por resíduos de carne moída anteriormente. Verifique o termômetro do freezer do supermercado e a orientação do fabricante do produto. "O ideal é que toda carne seja armazenada a menos de 5° C. Acima disso, o número de bactérias duplica a cada 20 minutos, em progressão geométrica. Depois de 6 horas, uma bactéria pode se multiplicar em 130 mil", Assustador, não acha? Quando  fizer hambúrgueres em casa, prepare-os com no máximo 1,5 centímetro de espessura ou vão estorricar antes que a temperatura interna seja suficiente para matar os germes (71° C para carne bovina, 80° C para frango). 
Frios: Os frios são consumidos, como o substantivo já diz, frios ou no máximo com o mínimo de cocção. E  tenho uma novidade para você. Nada tolera melhor o frio do que a Listeria monocytogenes, que pode crescer em climas como o do interior de sua geladeira ou o do freezer de uma delicatessen.  A listéria pode se instalar nas lâminas, fatiadores e balcões, e contaminar qualquer carne que passe por esses lugares. 
Para evitar este problema, escolha lugares com fluxo constante de clientes, em que os produtos não fiquem estocados por muito tempo; a melhor data de validade no caso de frios pré-embalados; onsuma produtos de estabelecimentos idôneos e em boas condições de higiene. 
Ovos: Ah, os ovos! Esses nossos grandes aliados na cozinha!  Sabemos que a salmonela pode estar presente na superfície da casca e penetrar no ovo através dos poros e rachaduras da casca, por isso, é recomendável não ingerir ovos crus ou com a gema mole,  nem maionese de fabricação caseira, que inclui ovos crus. Importante, também,  observar se os ovos foram submetidos ao controle do SIF. e na hora da compra, fique atento se há  sujeira (vestigios de penas e fezes) e se a casca não está rachada; e com certeza, só coma ovos que estejam dentro do prazo de validade. 
Ostras: Não sou fã, mas há aqueles que são e para estes, digo o seguinte....Imagine se você fosse uma ostra que suga água o dia todo para filtrar seu alimento preferido: plâncton. Agora imagine um cardápio diário de toxinas fornecido por algas e bactérias que se formam a partir de coisas como esgoto humano - tudo isso concentrado dentro de você. Legal, hein? Esse molusco está conseguindo se vingar do homem por meio do norovírus (o nome vem de Norwalk, cidade dos Estados Unidos onde o vírus foi isolado), do vírus da hepatite A e dos vibriões. A ostra é um dos pratos de origem marinha de maior risco - principalmente se for produzida numa área de contaminação fecal, comum em todo o litoral brasileiro -, pois habitualmente é ingerida crua.
Há como evitar este problema? Comer ostras cruas é tão arriscado que, do ponto de vista sanitário, o ideal seria cozinhá-las ou gratiná-las, mas se o consumidor optar por comê-las cruas, deve -se comprá-las em mercado, restaurante ou estabelecimento que tenha supervisão da Vigilância Sanitária. Ao menos, isso!
 Brotos crus: São arriscados porque são ingeridos crus; porque suas sementes contêm pequenas reentrâncias que podem abrigar microrganismos, impedindo-os de serem eliminados por completo na lavagem; porque  suas condições de crescimento, em lugar quente e úmido, permitem que os micróbios se proliferem como loucos. 
Para fugir deste problema, lave os brotos em água corrente e deixe-os de molho por 15 minutos em água com hipoclorito de sódio ou vinagre (1 colher de sopa para cada litro de água). Escolha brotos frescos e crocantes, com a raiz, e evite os escuros e com cheiro de mofo.  
 Arroz cozido: Uma bactéria do solo, conhecida como Bacillus cereus, adora passear sobre esses grãos e contaminá-los com seus esporos. O problema é que estes não são destruídos quando o arroz é cozido e, se você deixá-lo fora da geladeira por mais de duas horas, as bactérias começam a se proliferar e produzir toxinas que podem causar cólicas estomacais, enjôo e diarréia.  
Adivinhe o que fazer para evtar este problema! Leve as sobras de arroz imediatamente à geladeira e mantenha-as a uma temperatura abaixo de 5° C e aqueça bem o arroz antes de consumi-lo novamente.
Melões e melancias:  Nunca corte o melão ou a melancia  sem lavá-los primeiro. O motivo? Nós os comemos crus e eles crescem no chão, no mesmo solo onde fazendeiros podem espalhar adubo decomposto ou água contaminada, ou onde há fezes de animais. 
Evitaremos o problema se escolhermos melões ou melancias sem rachaduras nem machucados, que poderiam permitir que microrganismos alojados na superfície penetrassem na polpa e se antes de cortar, esfregarmos bem toda a fruta debaixo de água morna com uma escova limpa.Lave as mãos, a tábua de cortar e os utensílios antes e depois de manusear o melão. Agora, um alerta pisca-pisca! Cuidado ao comprar frutas já picadas, pois qualquer processamento é perigoso. Os micróbios presentes na casca podem facilmente contaminar a polpa se não forem observadas as regras de higiene.  

Estes são apenas alguns dos culpados. Infelizmente há muitos mais e se não tomarmos cuidado, não adianta colocar a "vassoura atrás da porta para a visita indesejada ir embora rapidamente".
E lá vem ela, a nossa velha amiga, Salmonela. Bactéria encontrada em carnes cruas, leite não pasteurizado, frutas, aves, legumes, verduras, brotos e ovos crus. Sintomas: Diarréia, vômito, febre. 
. Escherichia coli. Ocorre em carne bovina malpassada, hortaliças não lavadas, leite e suco de maçã não pasteurizado. Sintomas: Cãibras, febre, vômito. Em casos extremos, provoca falência renal. 
. Listéria. Afeta principalmente mulheres grávidas, idosos e crianças. Encontrada em queijos macios não maturados, frios e hortaliças não lavadas. Sintomas: Náusea, dor muscular, vômito, febre. Em alguns casos, a bactéria pode levar a infecção no cérebro ou no sangue e até mesmo à morte. Pode provocar aborto. 
. Staphylococcus aureus. Presente na garganta, nas fossas nasais e em ferimentos na mão, é facilmente transmissível através de alimentos manipulados por pessoas infectadas. Sintomas: Diarréia, mal-estar, cólicas e, às vezes, febre ou vômito. 
. Campilobactéria (Campilobacter jejuni). Uma das principais causas de DTAs, é encontrada em carne de aves e suínos malpassada, leite cru e água sem cloro. Sintomas: Febre, dor abdominal, vômito, diarréia. Pode causar artrite e, em casos raros, a síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica que pode causar paralisia. 
. Norovírus. Altamente contagioso, encontrado em frutos do mar, mariscos e alimentos contaminados por fezes. Sintomas: Náusea, dores de estômago, diarréia, vômito, febre.


Fonte para este artigo: http://www.selecoes.com.br/Por Josiane Nogueira

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