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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Os Perigos Escondidos Nas Panelas

       As panelas que cozinham o nosso alimento são consideradas menos importantes quanto à seguraça na culinária, mas para aqueles que entendem de saúde elaspodem ser de grande risco.  Os  metais de panelas mal usadas contaminam a comida levado a problemas como intoxicação, anemia, distúrbios gástricos e, a longo prazo, com o uso continuado, expõe usuários a substâncias cancerígeras. Até revestimentos de níquel ou de material antiaderente têm riscos para saúde. Há metais com alto potencial de danos. 
      Cada tipo de panela exige seus cuidados. A limpeza agressiva, com esponjas de aço, vinagre ou limão, deve ser evitada. O melhor é deixar de molho algum tempo com detergente e água morna. Deve-se ferver água na panela várias vezes, antes de novo contato com alimentos. E nada de usar esponjas ásperas ou detergentes abrasivos. Uma dica é variar os materiais na cozinha.

          É o caso do alumínio, sendo a panela mais utilizada pelo baixo custo. Pesquisas mostram que o excesso de alumínio no corpo induz a estados de demência. Quantidades excessivas de alumínio também são encontradas em exames de pessoas com Mal de Alzheimer. Os efeitos danosos ocorrem quando o alumínio se desprende da panela: sais de alumínio são hidrossolúveis e produzem um cloreto tóxico que afeta o estômago. Recomenda-se que sejam usadas em cozimentos rápidos, como frituras por imersão, e no preparo de alimentos secos, como farofa. Uma dica importante é não remover o óxido de alumínio - aquela camada escura que se forma no fundo após a fervura de água. Ele reduz em até seis vezes a transferência do componente para a comida. Evite também arear. O uso desta panela é também contraindicado para portadores de insuficiência renal. Mesmo na geladeira, não guarde alimentos em recipientes de alumínio.
Os fatores que vão influenciar a transferência do alumínio para o alimento são três. O primeiro é o teor de água do alimento. Quanto mais líquido é o alimento, mais alumínio recebe da panela. Uma sopa, por exemplo, recebe mais que uma farofa. O segundo fator é a acidez. Quanto mais ácido o alimento, mais alumínio da panela recebe. Não recomendo fazer molho de tomate nesse tipo de panela. O terceiro é o tempo de contato. Quanto mais demorado o cozimento, mais o alimento adquire alumínio.  Para reduzir os riscos de transferência de alumínio: lave a parte interna com esponja macia.


        No Brasil as panelas de cobre só podem ser vendidas se tiverem uma camada protetora, como o titânio. Isso porque aqui esse tipo de panela costuma ser usado para preparar doces e alimentos com tempo grande de cozimento, o que facilita a contaminação. Na França, por exemplo, ela é muito usada, mesmo sem proteção, para fazer crepes, que são secos e de preparo rápido. Os chefs gostam do cobre porque ele é bom condutor de eletricidade e distribui o calor de forma homogênea. Mas se o organismo acumular grandes quantidades de cobre, podem ocorrer problemas gastrintestinais. No longo prazo, há danos cerebrais, problemas renais e nas articulações. 
O excesso de cobre no organismo leva à leucemia e a câncer intestinal.
       Muito utilizadas para fazer doces de leite e em calda. É mais resistente à corrosão e acelera o cozimento, pois permite melhor distribuição do calor. 

De ferro esmaltado, a  camada esmaltada (ágata) impede a liberação de ferro para o alimento. Por isso, essa panela pode servir para guardar comida, depois de pronta, sem problemas de transmissão excessiva de ferro para quem tem colesterol alto. Se não for absorvido, ele se acumula em artérias. Assim como a de ferro fundido, essa panela mantém o aquecimento por mais tempo.  São feitas de ferro ou alumínio e cobertas por esmalte, denominadas também de Ágata.
 As panelas produzidas antes de 1980 podem ter no esmalte metais pesados, como chumbo e o cádmio que podem causar efeitos tóxicos mesmo em pequenas quantidades. Utilizar esponja macia e detergente neutro para a sua limpeza. Para evitar que fiquem amareladas, pode-se passar uma solução de álcool com uma colher de sopa de cloreto de potássio dissolvido em 1 litro de água.
      
A de ferro fundido confere sabor e pode alterar a cor de alguns alimentos. Mantém os alimentos quentes por mais tempo. Transfere manganês e ferro às preparações, conforme a acidez e o tempo de preparação. Quanto maior a acidez, maior será a quantidade de ferro incorporada. O tipo de ferro encontrado equivale ao não-heme que é menos disponível a absorção pelo intestino.
        Deve-se evitar armazenar alimentos prontos na panela, pois os níveis de Ferro podem ficar elevados, o que poderá causar manifestações gastrointestinais. Esta panela é feita de um metal benéfico à saúde e até ajuda a complementação das necessidades de ferro do organismo. O metal da panela passa para os alimentos e é absorvido junto com eles. Ela é indicada para adolescentes, crianças, gestantes e pessoas com anemia. Mas mesmo neste caso é preciso atenção, em excesso, o ferro pode causar hemocromatose - o depósito de ferro nos tecidos de alguns órgãos que, com o tempo, perdem as suas funções. Um modo de evitar isso é não guardar a comida na panela e usá-la para fazer só um dos integrantes do cardápio.

A panela de inox  é bastante segura. Isso porque, como o nome diz, o material não se oxida e não libera o metal na comida - reação impedida pela camada de proteção de níquel que faz parte da sua composição. Recomenda-se ferver água de quatro a cinco vezes em panelas novas de inox, ou panelas que foram muito areadas, para impedir que a camada de níquel se desprenda. Tomado este cuidado, as panelas de aço inox são uma boa opção para guardar a comida depois de pronta e preparar carnes e molhos, 
                                                     que exigem mais tempo ao fogo. 


A panela antiaderente, pela praticidade, é muito utilizada nas cozinhas brasileiras. Mas, se for ao fogo muito alto, como na fritura, a queima do seu material pode liberar uma fumaça tóxica que, em experiências com cobaias de laboratório, resultou em câncer. Mas este efeito não foi comprovado em seres humanos. Recomenda atenção às rachaduras que se formam no fundo e podem servir de 
depósito de microorganismos.
Busque produtos de qualidade para evitar a liberação de material tóxico e o uso dessas panelas em média por cinco anos.
 Permite utilização de menor quantidade de óleo e gorduras.Por ser revestida de politetrafluoretileno (PTFE), impede a passagem de alumínio para os alimentos. São frágeis e arranham com facilidade por isso, deve-se utilizar colheres de polietileno e esponjas macias para a limpeza. 

As panelas de titâneo são utensílios  mais recentes e modernos e, os preços, salgados. A nutricionista Késia Quintaes diz que as panelas de titânio não fazem mal à saúde, já que não há contaminação dos alimentos preparados nelas. Além disso, são mais resistentes. As panelas de titânio também podem ser usadas para guardar a comida depois de pronta.
Elas não exigem a fervura que recomendamos nas panelas de aço inox, pois não há liberação de material na comida.
O titânio é usado pela indústria, inclusive, para revestir as panelas de cobre e evitar que esse elemento se misture à comida em seu interior.


 As panelas de pedra sabão possuem antiaderente natural e mantém o alimento quente por mais tempo, são resistentes em altas temperaturas. Muito utilizadas nas Minas Gerais, transferem para os alimentos ferro, cálcio e manganês durante sua utilização. Quando não são curadas podem transferir níquel aos alimentos. Por isso precisam ser curadas (untadas de óleo ou outra gordura, depois deve ser cheia de água e levada ao forno, a 1800C por cerca de 40 minutos e ao fogo, até que a água ferva).
 
A panela de barro é utilizada em molhos, moquecas e bobós confere aos alimentos sabor, boa apresentação e calor por mais tempo. Precisa ser curada ou impermeabilizada, pois é porosa e pode permitir o acúmulo de resíduos e favorecer a multiplicação de microorganismos.
  As de cerâmica mantêm o calor e permitem boa apresentação. As industrializadas devem ter selo de qualidade garantindo a inexistênciade compostos à base de chumbo.  As panelas não industrializadas podem transferir chumbo que em excesso pode causar dano ao Sistema Nervoso Central. As foscas e industrializadas são mais seguras, pois são modernas.
 

As de vidro são antiaderentes e não transferem nenhum tipo de resíduo aos alimentos, aquece rápidamente e mantém o calor. Quebram com facilidade e mancham se colocadas vazias diretamente no fogo.


Fontes para este tema:
 Trabalho de Pesquisa dos alunos da Pós-graduação de Gestão em Gastronomia, da Univ. Estácio de Sá - Campus Dorival Caymmi e http://oglobo.globo.com/saude

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