O que são alimentos funcionais?
São aqueles que contêm substâncias ativas capazes de
fortalecer o organismo, prevenindo e combatendo doenças. “Todos os
alimentos têm propriedades nutricionais, mas alguns possuem elementos
com funções benéficas particulares, e são classificados como
funcionais”. “O termo
surgiu no Japão na década de 80″. Hoje existem produtos industrializados
enriquecidos artificialmente, como margarina e leite, que não podem ser
considerados funcionais. Uma forma simples de entender os
grupos de alimentos funcionais é olhar as cores da comida. Alimentos com
tons laranja, como cenoura e abóbora, são ricos em betacaroteno, que
retarda o envelhecimento. Os vermelhos, como melancia e tomate, possuem
licopeno, que melhora o sistema imunológico. Já os que tendem para o
violeta, como uva e amora, têm propriedades antioxidantes. “Mas a
fórmula não se aplica a todos os alimentos”. É o
caso de chás, especiarias e peixes, que têm substâncias funcionais e não
revelam isso nas cores.”
Assim, o s
alimentos funcionais são aqueles que colaboram para
melhorar o metabolismo e prevenir problemas de saúde. Ou pelo menos
deveriam ser assim: os cientistas já reconhecem as propriedades
funcionais de muitos desses alimentos, porém os estudos ainda não são
conclusivos. “A ciência ainda não consegue determinar uma dieta diária
de alimentos funcionais que atenda a todas as necessidades do
organismo”, explica Valdemiro Sgarbieri, da Faculdade de Engenharia de
Alimentos da Unicamp.
Essas substâncias não são novidade, como às
vezes prega a indústria de alimentos. As isoflavonas, por exemplo,
compostos que ajudam na redução do colesterol ruim, fazem parte da
alimentação humana desde que a soja foi descoberta pelos chineses, há
mais de 5 000 anos.
O que vem acontecendo é um aprofundamento nos
conhecimentos da natureza química das substâncias funcionais e das suas
funções no organismo. Com isso, os laboratórios e a indústria
alimentícia passaram a produzir, em larga escala, alimentos funcionais
formulados ou “artificiais”, como leites fermentados, biscoitos
vitaminados e cereais matinais ricos em fibras.
Para chegarem ao
mercado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária exige que o
fabricante apresente provas científicas das propriedades funcionais
alegadas na embalagem. Mas não se entusiasme demais com os rótulos: 1
litro de leite com ômega 3, por exemplo, oferece menos desse ácido graxo
que uma posta de salmão.
Fonte: Inar de Castro, pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
Betacaroteno
O que faz: Ajuda a diminuir o risco de câncer.
Como
age: Quando ingerimos gorduras e proteínas, o betacaroteno se converte
em vitamina A, protegendo as células do envelhecimento.
Onde encontrar: Abóbora, cenoura, mamão, manga, damasco, espinafre, couve.
Isoflavonas
O que fazem: Atenuam os sintomas da menopausa.
Como
agem: Por ter uma estrutura química semelhante ao estrógeno (hormônio
feminino), alivia os efeitos de calor e cansaço da menopausa e da tensão
pré-menstrual.
Onde encontrar: Soja e seus derivados.
Licopeno
O que faz: Está relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata.
Como age: Evita e repara os danos dos radicais livres que alteram o DNA das células e desencadeiam o câncer.
Onde encontrar: Tomate e seus derivados, além de beterraba e pimentão.
Ômega 3
O que faz: Diminui o risco de doenças cardiovasculares.
Como age: Reduz os níveis de triglicerídeos e do colesterol total do sangue, sem acumulá-lo nos vaso sanguíneos do coração.
Onde encontrar: Peixes de água fria, como salmão e truta, e óleo de peixes.
Flavonóides
O que fazem: Diminuem o risco de câncer e atuam como antiinflamatórios.
Como agem: Anulam a dioxina, substância altamente tóxica usada em agrotóxicos.
Onde encontrar: Suco natural de uva e vinho tinto, além de alimentos como café, chá verde, chocolate e própolis.
Probióticos
O que fazem: São microorganismos vivos que ajudam no equilíbrio da flora intestinal.
Como agem: Impedem que bactérias e outros microrganismos patogênicos se proliferem no intestino.
Onde encontrar: Iogurtes e leite fermentado.
Fontes para este artigo: super.abril.com.br e www.abril.com.br
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