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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Dicas de estocagem de alimentos e a segurança alimentar

Os locais destinados à estocagem devem estar rigorosamente limpos (lavados e desinfetados), sem resíduos de alimentos ou sujeira. Os materiais fora de uso (inclusive estrados) devem ser retirados das áreas de armazenamento, para evitar a presença de insetos, roedores e pássaros.
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1 – Toda mercadoria deve ser retirada da embalagem secundária, como caixas de papelão ou sacos de papel.
2 – As embalagens de todos os produtos devem ter identificação. Caso contrário deverão ser colocadas etiquetas com as seguintes informações: nome, marca, fabricante, data de fabricação, prazo de validade, composição do produto e registro em órgão competente.
3 – Produtos descartáveis também devem ser mantido separados dos itens citados anteriormente.
4 – Devem estar afastados pelo menos 10 cm da parede e 60 cm do teto, para permitir a circulação de ar entre os alimentos.
5 – O empilhamento no estoque devem ser alinhado e em altura que não prejudique as características do produto. As pilhas devem ser organizadas em forma de cruz para favorecer a circulação de ar entre os produtos e evitar acidentes.
6 – Os alimentos industrializados (conservas, enlatados, etc) devem ser mantidos afastados dos grãos e cereais para evitar infestação por insetos.
7 – Os alimentos que tiverem suas embalagens abertas ou danificadas devem ser transferidos para recipientes adequados (de plástico), lavados e desinfetados, ou embalados em plástico transparente. Além disso, devem ser devidamente etiquetados com o nome do produto, fornecedor, datas de abertura e de validade. Após a troca de embalagem ou manipulação, a validade será de 30 dias.
8 – Produtos de fabricação mais antiga devem ser posicionados de forma a serem consumidos em primeiro lugar. A data de validade deve ser observada e nunca podem ser utilizados produtos vencidos.
9 – Os alimentos devem ser porcionados com utensílios exclusivos e higienizados. Após o porcionamento, as embalagens devem ser fechadas adequadamente.
10 – Os alimentos não devem ficar armazenados junto a produtos de limpeza, químicos ou de higiene.
11 – Não devem ser colocados diretamente no chão. Devem estar apoiados sobre estrados ou prateleiras das estantes (os estrados devem estar a 25 cm de altura do chão).
12 – Não se deve armazenar vidros de “cabeça para baixo”, porque favorece o aparecimento de ferrugem nas tampas.
13 – Não devem existir caixas de madeira ou papelão em nenhuma área do serviço de alimentação.

Portanto,  você se garante com o alimento que produz em seu Restaurante? Sabe o que é Segurança Alimentar?
Atualmente existem duas definições para o termo Segurança Alimentar: a primeira, segundo o Ministério da Saúde, compreende o “direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais (…)”.
Já a segunda definição está relacionada aos cuidados com os alimentos durante a manipulação, e afirma que segurança alimentar é preparar os alimentos sem que ofereçam perigo à saúde, ou seja, é produzir uma refeição com qualidade.
Para tanto é necessário evitar a contaminação do alimento pelos perigos, seja a presença de objetos e insetos, seja o contato com os produtos químicos em altas concentrações e também com os microrganismos –principalmente das bactérias patogênicas, que podem causar doenças-.
Em restaurantes comerciais e em cozinhas industriais é importante que todos os manipuladores de alimentos (inclusive garçons e funcionários da distribuição) saibam e entendam os cuidados necessários para evitar a contaminação:
- Selecionar e higienizar os alimentos com produtos adequados;
- Manter o ambiente, equipamentos e utensílios sempre limpos;
- Evitar o acesso de insetos e animais na área de produção;
- Ter higiene pessoal: lavar sempre as mãos, manter os cabelos protegidos, realizar exames médicos, usar o uniforme adequado, entre outros.
Uma grande dificuldade encontrada em muitos restaurantes é manter a equipe integrada e estimulada a seguir os cuidados acima citados, visto que são poucos os restaurantes que notam a importância de informar a cada colaborador o papel que exerce na produção.
Ou seja, para a cozinha funcionar perfeitamente e em harmonia é necessário que as funções sejam determinadas e a importância de cada setor repassada aos responsáveis. Este fato não impede de haver troca de atividades no dia a dia, mas com as funções claras, os objetivos e a segurança alimentar são atingidos com mais facilidade.
Cada vez mais se torna importante o trabalho conjunto do chef de cozinha com o profissional nutricionista, visto que se complementam: o chef está em constante busca da perfeição do prato elaborado, da harmonia entre os sabores e diversas sensações que podem proporcionar. Já o nutricionista busca a segurança alimentar, a eliminação dos perigos, o controle das preparações, as boas práticas, além da preservação dos nutrientes.
O intercâmbio de informações entre estes profissionais e a brigada da cozinha também é fundamental, para adaptar os conceitos a prática diária e sempre repassar experiências. Para tanto, a contratação dos funcionários adequados também é etapa relevante, como descrito no texto “Investindo no capital humano”
Todas as áreas do restaurante devem formar a equipe, com o sentido literal da palavra, que segundo o dicionário Houaiss consiste em “conjunto de pessoas que se dedicam à realização de um mesmo trabalho”.
Com a equipe treinada, motivada e unida, a busca da Segurança Alimentar torna-se um caminho mais fácil de percorrer. Não deixe de consultar profissionais capacitados!

Fontes para este artigo: Mesa Brasil – SESC e Simone M. Zambroni é Nutricionista e Sócia-diretora da
Qualy Food Assessoria e Consultoria em Nutrição

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